Paulo Monteiro

Portugal | N. 1963

Originário da ilha de São Miguel, nos Açores, Paulo Monteiro desenvolve desde 1985 uma carreira fotográfica profundamente enraizada na observação atenta da terra e das suas experiências vividas. Fotógrafo autodidata, moldou a sua visão através da prática persistente e do estudo contínuo, participando em revisões de portfólios e sessões de formação com fotógrafos da agência Magnum, experiências que refinaram tanto a sua precisão técnica como a sua voz artística distinta.

O seu trabalho é definido por projetos de longo prazo que exploram temas diversos, mas interligados, unidos por uma sensibilidade documental e poética: a religiosidade popular e as festas profanas; a paisagem e a natureza; o mundo do trabalho e as formas como este molda as comunidades. Em cada série, Monteiro procura criar uma conexão quase orgânica com os seus temas, revelando as texturas da vida, os gestos quotidianos e os símbolos que definem a identidade.

As suas fotografias foram expostas e publicadas tanto em Portugal como no estrangeiro, consolidando uma carreira que combina memória, cultura e observação crítica. A sua prática vai além do simples registo do visível; propõe narrativas silenciosas e abertas, nas quais o espectador é convidado a refletir sobre as transformações sociais e ambientais, sempre enraizadas no património açoriano que o inspira.

Foto por Teresa Botelho

CREDENCIAIS

2017
Prémio Internacional Black&White Roma, Segundo Prémio, Melhor Fotografia Individual, Itália
Menção Honrosa, Concurso Mês da Fotografia do Barreiro, Portugal

2016
Prémio Internacional Black&White Roma, Primeiro Prémio, Melhor Fotografia Individual, Itália
Segundo Prémio, Concurso Mês da Fotografia do Barreiro, Portugal

2015
Prémio Tetenal European B/W Classics – 2.º lugar, Alemanha
Fotógrafo do Ano em Preto e Branco, Categoria Documental, Reino Unido

2011
Prémios Internacionais de Fotografia, Gente: Cultura, 2.º lugar, Não profissional, EUA

2010
Prémio de Bronze, Concurso de Fotografia Black & White Magazine, EUA
Primeiro Prémio, VII Concurso de Fotografia «Olhos Sobre o Mar», Ílhavo, Portugal

2008
II Concurso de Fotografia Macaronesia, Portugal e Espanha

2007
Menção Honrosa, II Concurso Nacional de Fotografia Maria Lamas, Torres Novas, Portugal

1995
Prémio, IV Bienal de Fotografia, Vila Franca de Xira, Portugal

2024
Rituais de Inverno de Trás-os-Montes, Festival PAN, 6.ª edição, Vilarelhos, Alfândega da Fé, Portugal

2017
A Alma e o Povo, Convento dos Frades, Lagoa, Açores, Portugal

2015
Procissões, Igreja de São Miguel (Sint-Michielskerk), Gante, Bélgica

2007
Açores Profundos, Teatro Micaelense, Ponta Delgada, Portugal

2005
Espírito Santo nas Ilhas Terceira, Pico e São Jorge, Museu de São Jorge, Portugal

2004
Semana Maior, Museu de São Jorge, Portugal

2003
Semana Maior, exposição itinerante na ilha de São Miguel, Portugal

1997
5.ª Bienal de Fotografia, Vila Franca de Xira, Portugal

1994
Galeria Arco 8, Ponta Delgada, Portugal

1992
Biblioteca Solmar, Ponta Delgada, Portugal

1990
Associação Portuguesa de Arte Fotográfica, Lisboa, Portugal

1989
Galeria Arco 8, Ponta Delgada, Portugal
 

2025
Cenas da vida real, exposição coletiva internacional Loosenart, Millepiani, Roma, Itália

2024
Natureza ao descoberto, exposição coletiva internacional Loosenart, Millepiani, Roma, Itália
Parenthoods, Festival de Fotografia Agrinio Photopolis, Museu Kapralos, Agrinio, Grécia
OLHA-ME!, Galeria da Associação Médica do Sul, Portugal.

2023
À Noite, Todos os Gatos São Pardos (À noite, todos os gatos são cinzentos), Atelier Obscura, Portugal
Céus noturnos e imagens astronómicas, exposição coletiva internacional Loosenart, Millepiani, Roma, Grécia
Sobre comida, convivência e culturas, exposição coletiva internacional Loosenart, Millepiani, Roma, Grécia

2022
Exposição aberta, Exposição coletiva internacional Loosenart, Millepiani, Roma, Itália
Festival CIP, Chania, Grécia
O efémero e a percepção da evanescência, Exposição coletiva internacional Loosenart, Millepiani, Roma, Itália

2021
Folclore e tradições, Exposição coletiva internacional Loosenart, Millepiani, Roma, Itália
DANTE 2021. Um tributo fotográfico, Museu do Território, San Daniele del Friuli, Itália
3ª Bienal de Arte de Vila de Fânzeres – Fotografia – Património, Portugal
Festival CIP, Chania, Grécia

2020
In Contact, The Baldwin Photographic Gallery, Middle Tennessee State University, Murfreesboro, EUA
Natureza morta, Exposições alternativas, Exposição coletiva internacional Loosenart, Millepiani, Roma, Itália

2017
Concurso Mês da Fotografia, Auditório Municipal Augusto Cabrita, Portugal

2016
Concurso Mês da Fotografia, Auditório Municipal Augusto Cabrita, Portugal
Prémio Internacional Black&White, Roma, Spazio Tetenal, Itália

2015
Fotógrafo do Ano em Preto e Branco 2015, theprintspace, Londres, Reino Unido
Fotógrafo do Ano em Preto e Branco 2015, Leica Mayfair, Londres, Reino Unido

2010
Olhos Sobre o Mar, Museu Naval de Santo André, Ílhavo, Portugal
32.º Festival Internacional de Fotografia de Knokke-Heist, Bélgica

2009
2.ª Bienal de Fotografia, Sintra, Portugal

2008
La Manera Atlántica | A Maneira Atlântica, exposição itinerante nas Ilhas Canárias, Madeira e Açores

2005
Fotonoviembre, Santa Cruz de Tenerife, Espanha

2003
VIII Bienal de Fotografia, Vila Franca de Xira, Portugal
Fotonovembro, Santa Cruz de Tenerife, Espanha
Arte 13, exposição itinerante na ilha de São Miguel, Portugal

2001
VII Prémio Internacional «Charlemagne», Thionville, França (itinerante por França, Bélgica e Luxemburgo)
Fotonovembro, Santa Cruz de Tenerife, Espanha
Galeria do Fórum Cultural de Alverca, Portugal
7.ª Bienal de Fotografia, Vila Franca de Xira, Portugal

2000
Marca Madeira 2000, Portugal
Uma janela para os Açores, New Bedford Whaling Museum, New Bedford, EUA

1999
Uma janela para os Açores, Galeria Nacional das Bermudas, Hamilton, Bermudas
21.º Festival Internacional de Fotografia Knokke-Heist, Bélgica

1998
5.ª Bienal de Artes Gráficas, Saint-Maur-des-Fossés, França
20.º Festival Internacional de Fotografia Knokke-Heist, Bélgica
Novos Criadores (Novos criadores), Ponta Delgada, Portugal

1995
4.ª Bienal de Fotografia, Vila Franca de Xira, Portugal

1992
1.ª Semana da Arte, Ponta Delgada, Portugal

1989
1.ª Bienal de Fotografia, Vila Franca de Xira, Portugal
Pontilha, Ribeira Grande, Portugal
 

2024
Livro Rituais do Inverno Transmontano, Lema d’Origem Editora, Coleção Artes, Carviçais, Portugal
Livro MYTOGRAPHY, Vol. IV, Exposição na APS, Trieste, Itália

2023
Livro MYTOGRAPHY, Vol. III, Exposição na APS, Trieste, Itália
Apocalipse e renascimento (janeiro), Associazione DIY, Itália
Al‑Tiba9 (janeiro), Espanha

2022
Livro MYTOGRAPHY, Vol. II, Exposição na APS, Trieste, Itália
Revista FotoCult (outubro), Itália

2021
Livro DANTE 2021. Um tributo fotográfico, ed. dotART, Trieste, Itália

2015
Black+White Photography (dezembro), Reino Unido
Black+White Photography (setembro), Reino Unido

2009
Réponses Photo (fevereiro), França

2007
Livro Açores Profundos / Profound Azores, Edições Caixotim, Coleção Artes e Letras, Porto, Portugal

Exposições Lumicroma

IN COLORS PROJECT | REACT!

React! é um retrato da condição humana e da perceção do mundo, mostrando distintas velocidades, múltiplas realidades, encontros e desigualdades, tantas e t ... Ler Mais

React! é um retrato da condição humana e da perceção do mundo, mostrando distintas velocidades, múltiplas realidades, encontros e desigualdades, tantas e tantas reações.

A vastidão a que se abria o tema está representada neste conjunto de 50 obras de fotógrafos de 22 nacionalidades. React! a quê, de que perspectiva? A possibilidade de infindas interpretações espelha-se numa exposição em que a reação tanto está na própria “cena” fotografada como na impressão de quem a fotografou e, ainda e sempre, no olhar de quem aprecia a fotografia.
Nesta abrangência, encontra-se a imagem do tempo e do lugar – de muitos lugares e de muitas qualidades de tempo. Há a beleza de momentos, espaços, culturas e tradições. Há toda uma escala de emoções. Há a poesia de paisagens e a destruição que faz a guerra. Há fantasia nos cenários improváveis. Há preocupações globais, instantes pessoais. Às vezes, o peso da existência; às vezes, a leveza do riso sobre a morte. 
Fica, ainda, a certeza de um mundo caleidoscópico, em permanente mudança, para as histórias se repetirem. Porque o homem repete-se. Fica, também, o continuum da vida. Está nos rostos de muitos. Está nas cores. Está na luz do preto e branco. Está no instinto. Na vontade. No que se perde, no que se conquista.

Ler Menos
Ver exposição

IN COLORS PROJECT | HOME

Com HOME, o tema da 2.ª edição do IN COLORS PROJECT, lançámos a fotógrafos de todo o mundo um desafio feito de matéria sensível. Queríam ... Ler Mais

Com HOME, o tema da 2.ª edição do IN COLORS PROJECT, lançámos a fotógrafos de todo o mundo um desafio feito de matéria sensível. Queríamos tudo da fotografia – o acto artístico e emocional, o ato consciente e político, a luz e a sombra. O resultado é uma exposição que manifesta, no mesmo sangue, múltiplas realidades.

Em 74 fotografias, 32 autores de 14 nacionalidades dão-nos o mais pungente retrato do que somos, do que fazemos e no que estamos a falhar. Porque HOME tem sorrisos e feridas expostas. Mostra o sentido de pertença e a absurda falta de chão. É o manto humano de mil retalhos a que todos pertencemos.
Esta é a nossa Casa. E não vale fechar os olhos.

IN COLORS PROJECT – uma iniciativa sem fronteiras da Lumicroma – reclama a importância da fotografia como registo sociocultural e intervenção artística. Pela convergência de experiências, estéticas e visões, visa traçar, anualmente, a grande imagem do tempo em que vivemos.

Ler Menos
Ver exposição

AUSCHWITZ: TRAÇO(S) DE UMA HERANÇA

Auschwitz: Traço(s) de uma herança é um projeto que utiliza a fotografia como meio de criar uma ligação entre o passado, o presente e o futuro.
Manter viva ... Ler Mais

Auschwitz: Traço(s) de uma herança é um projeto que utiliza a fotografia como meio de criar uma ligação entre o passado, o presente e o futuro.
Manter viva a memória apela à reflexão e à vigilância e incentiva o empenhamento das gerações futuras, para que, através delas, possam ecoar as vozes dos sobreviventes, que em breve deixarão de ser ouvidas.
Conhecemos a história, vimos os filmes e lemos os livros. Sempre nos disseram que Auschwitz é o verdadeiro símbolo do Holocausto, uma vez que ali foram assassinados mais de um milhão de judeus. Uma fábrica de matar pessoas! Ciganos, homossexuais, testemunhas de Jeová e dissidentes políticos também sofreram neste lugar sombrio.
Lemos sobre as experiências hediondas levadas a cabo por Mengele em Auschwitz. Vimos fotografias dos sobreviventes, dos cadáveres, dos crematórios, dos objectos pessoais abandonados. Iniciámos a nossa viagem à Polónia com o pensamento de que estaríamos preparados para enfrentar o centro interpretativo do Holocausto e, através dele, encontrar a resposta à nossa inquietação: como é que isto foi humanamente possível?
Durante a viagem, voltámos a visitar aqueles com quem já tínhamos partilhado o sentimento do campo de concentração. Todas as páginas, testemunhos e rostos permaneceram bem vivos na nossa memória.
Chegámos, a presença em Auschwitz ultrapassa-nos!
Nenhuma memória, lida, estudada, vista ou ouvida pode ser comparada com o facto de estarmos ali mesmo. No silêncio ensurdecedor daquele lugar, que carrega em si a imensa perda do sentido humano, ganha força a pergunta de Theodor Adorno: Como é possível fazer poesia depois de Auschwitz?

Ler Menos
Ver exposição

PARAÍSO DE COURA

O olhar de Alfredo Cunha, atento e acutilante, documenta esta magia, este espírito de irmandade, esta felicidade colectiva. A alegria do público e a euforia das bandas, que jamais esq ... Ler Mais

O olhar de Alfredo Cunha, atento e acutilante, documenta esta magia, este espírito de irmandade, esta felicidade colectiva. A alegria do público e a euforia das bandas, que jamais esquecem aquela parede humana de cortar o fôlego e a forma generosa como são recebidos. Capta a doçura, a serenidade, a mais profunda paz, o amor partilhado, o respeito, o maravilhamento, a energia ímpar do rio Taboão, contrapondo com a exaltação, a apoteose, a celebração e a alegria, essa emoção sagrada que Almada Negreiros disse um dia ser «a coisa mais séria da vida».
Precisamos, ano após ano, do Festival Paredes de Coura, para recarregar as baterias da paixão, afastar a mediocridade dos dias mais cinzentos, curar as moléstias da tristeza que nos empalidece e afugentar o caruncho citadino que se entranha nos ossos. Para nos abastecermos de beleza, de euforia e da mais profunda paz, em divina comunhão com a natureza. Em peregrinação, num perpétuo regresso à magia.

Ler Menos
Ver exposição

IN COLORS PROJECT | JOY

Esta terceira edição do In Colors Project, sob o tema JOY, reúne 75 obras de 56 autores oriundos de 22 países, configurando um atlas emocional que interroga as formas de ... Ler Mais

Esta terceira edição do In Colors Project, sob o tema JOY, reúne 75 obras de 56 autores oriundos de 22 países, configurando um atlas emocional que interroga as formas de expressão da alegria num mundo atravessado por tensões geopolíticas e crises sistémicas.
A fotografia, enquanto dispositivo de representação e mediação, revela-se como território de exercício ideológico, estético e ensaio poético. As imagens selecionadas cartografam estratégias visuais através das quais se codificam, ritualizam e transmitem diferentes culturas. Integrando expressões de representação diversas – desde a celebração coletiva até à contemplação íntima – cada autor propõe um léxico visual singular, revelando a alegria como praxis sócio-antropológica e estética, ao mesmo tempo que perspetiva a criação de futuros possíveis.
A curadoria estrutura-se em torno da hipótese de que a imagem fotográfica constitui um dispositivo de reconfiguração do sensível, da análise e interpretação do real, transfigurado e apropriado em realidades autónomas e individuais, interrogando-nos sobre as condições de possibilidade do prazer, do encontro e da transformação nas sociedades contemporâneas.
Curadoria de Aníbal Lemos e Sandra Maria Teixeira

IN COLORS PROJECT – uma iniciativa sem fronteiras da Lumicroma – reclama a importância da fotografia como registo sociocultural e intervenção artística. Pela convergência de experiências, estéticas e visões, visa traçar, anualmente, a grande imagem do tempo em que vivemos.

Ler Menos
Ver exposição

PLATAFORMA PARA A VALORIZAÇÃO DA FOTOGRAFIA E DOS FOTÓGRAFOS.